quarta-feira, 7 de julho de 2010

S6: sedã executivo com alma de Lamborghini




Ele tem o perfil e as proporções de um típico carro de executivo bem-sucedido. É elegante, levemente discreto e muito luxuoso. Mas esse Audi tem outros atributos. Ao trocar o A pelo S, o A6 ganhou motor V10 e se transformou em um arisco S6. Com 435 cavalos, o sedã avaliado não chega a ser tão estúpido como o RS6 (V10 biturbo, de 580 cv), mas é bem mais nervoso que o A6 4.2 V8, de 350 cavalos.

Assim que vi o carro, já quis entrar e virar logo a chave. Afinal, o discreto “V10” colado na lateral era um sinal de que aquele carro reservava fortes sensações. Na verdade, não foi apenas o “V10” que chamou minha atenção: os discretos emblemas “S6” na frente e na traseira também eram indicadores do temperamento explosivo daquele sedã. As belas rodas aro 19, os pneus 265/35, o corpo dos retrovisores em alumínio e o spoiler dianteiro completam o pacote.

Quando pus a mão na maçaneta, o sistema já havia reconhecido que eu estava com a chave e destravou a porta. Também não precisei de “virar a chave”. Bastou um leve toque no botão instalado no console para acordar o motor 5.2 V10. Ele não impressiona apenas pela cilindrada ou pelo número de cilindros, mas principalmente pela origem Lamborghini: esse motor é basicamente o do Gallardo – apenas ligeiramente mais comportado para não assustar quem está no banco de trás. Além da grande cilindrada e da potência abundante, ele traz avanços como injeção direta e comandos variáveis. Outro botão liberou o freio de estacionamento (eletro-hidráulico). Com a alavanca em drive, saí para ver se o carro vale os R$ 399 mil. É muito dinheiro, mas também é muito carro.

De acordo com o modo selecionado no câmbio Tiptronic de seis marchas, as respostas do sedã podem ser rápidas ou muito rápidas. Na posição D, ele já ignora os 1.910 quilos. O S6 tem arrancadas vigorosas e as trocas de marchas são rápidas. O volante conta com borboletas para trocas manuais. Se o motorista não estiver satisfeito, pode puxar um pouco mais a alavanca, para a posição S. Nesse caso, o S6 fica ainda mais arisco. As trocas passam a ser feitas em rotações maiores, e as reduções ocorrem mais rapidamente, para segurar o giro do motor em níveis mais elevados. A aceleração de 0 a 100 km/h em 5,2 segundos dá uma ideia de como o S6 anda. Enquanto você estiver disposto a acelerar, ele está pronto para atender a seus desejos. Comprovei isso numa subida de serra: pisei e ele foi “ganhando altitude” como se estivesse no plano. Nesse caso, além da potência, o que ajuda muito é o torque de 55 kgfm, disponível entre 3.000 e 4.000 rpm.
Fonte: Auto Esporte

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