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As rodas de cor mais polêmica são as do Subaru Impreza do designer gráfico André Shikay, 22 anos. A cor verde-limão, a mesma das canetas marca-texto, chama bastante atenção, do jeito que ele queria. “Choquei muitos colegas, mas era exatamente o que eu queria. Diferente, chamativa, exclusiva e, acima de tudo, ousada”, define André, que vive recebendo “negativas com a cabeça” pelas ruas. Rafael Gobor, 20 anos, e estudante de administração, resolveu escurecer as rodas do seu Civic, com bordas de tom alaranjado. “Minha irmã morre de vergonha quando vou buscá-la no colégio. Mas amigas gostaram”, conta Rafael. A brincadeira não pesa no bolso, é o que garante os aficionados. O kit para pintura sai por R$ 90, incluindo tinta e as lixas especiais. A duração do trabalho é de cerca de 2 horas, mas a atenção que o carro irá receber nas ruas é incalculável. Resta saber se a moda vai pegar!

Criatividade, irreverência e uma boa dose de coragem dão o tom colorido da nova moda entre os jovens brasileiros: personalizar a roda de seus carros

Mal tirou seu Polo GT 2009 da concessionária, ainda com cheirinho de novo, e a estudante de direito, Camille Bonatto, 21 anos, decidiu radicalizar no visual do hatch: pintar as rodas de cor-de-rosa choque. “Aderi à moda dos meus amigos”, conta. Ela se refere aos membros do clube Racing Art, formado por jovens da grande Curitiba (PR). São eles os primeiros brasileiros a aderirem uma moda lançada por japoneses e norte-americanos, a de pintar a roda de seus carros com cores chamativas. Embora curioso, o trabalho é mais simples do que parece. Tão simples quanto a arte é o material utilizado: “Apenas um pano para tirar as sujeiras da roda e o fundo de cor branca, que vem no kit de spray da marca Colorgin”, conta Camille. Entre seus pais, a atitude dividiu opiniões: “Meu pai disse que não preciso mais de rastreador no carro, já minha mãe não gostou nem um pouco da nossa área de serviço, que ficou toda rosa”, conta em meio a risadas.

Fernando Claro, 22 anos, foi mais longe e pintou, além das rodas, os retrovisores do seu Punto com um escuro tom de vermelho. “É a mesma cor do logo da Fiat. O próximo passo é fazer o teto quadriculado, como na versão européia Abarth”, explica o estagiário de administração. A moda, que foi aderida por mais de 10 membros do clube atingiu modelos variados, como dois Civic, Golf, Focus e até três picapes, como a Montana do auxiliar administrativo, Rodrigo Thiesen, 23 anos, com rodas de cor lilás. É ele quem já ouviu as maiores barbaridades nas ruas e entre os amigos do clube. “Todo mundo olha e dá risada”, brinca. O mais curioso, segundo ele, foi quando saiu do estacionamento de um shopping. “Duas crianças apontaram o carro para os pais e acharam que era brinquedo”, relembra. “Mas teve gente que me chamou até de homossexual e louco”, explica sem conter o riso.

Fonte: Auto esporte