Brasileiro encontrado morto no Malawi foi vítima de hipotermia

sexta-feira, 7 de agosto de 2009


O brasileiro Gabriel Buchmann, de 28 anos, que foi encontrado morto no no Malawi , na África, na quarta-feira, morreu de hipotermia, revelaram exames realizados em um hospital do país, para onde o corpo foi levado. Segundo João Lúcio Chaves de Melo, tio de Gabriel e que está no Malawi, o corpo foi encontrado envolto por arbustos, o que demonstra que ele pode ter tentado se proteger do frio. O corpo de Gabriel já está na Universidade Medical College da cidade Blantyre.
- O corpo não tinha lesão aparente - disse João Lúcio.
Não será necessária autópsia do corpo do economista carioca, e a família ainda não sabe quando o corpo estará no Brasil.
- Se tudo der certo ele chegará no domingo. Mas ainda temos que ver como vai ser feito o translado, porque via de regra é a família quem paga. Mas isso ainda pode ser negociado com o Itamaraty e é o que estamos tentando. O seguro não cobre - explicou uma amiga de Gabriel, Natália Rayol, 26 anos.
Ela acrescentou que, diferentemente do que havia sido divulgado anteriormente, o corpo de Gabriel foi encontrado por moradores da região e não pelas duas equipes de resgate envolvidas na busca.
Uma câmera digital encontrada com a vítima tem fotos que mostram Gabriel no cume da montanha, a cerca de 3 mil metros de altitude. Houve uma queda brusca na temperatura do local no dia seguinte ao que Gabriel se perdeu.
Gabriel estava desaparecido desde o dia 17 de julho, quando começou a escalar o Monte Mulanje, no Malawi, país no Centro-Sul da África. O economista dispensou um guia local e começou a fazer a subida sozinho. A família foi oficialmente notificada do sumiço no dia 20, pela chancelaria francesa. Gabriel tem dupla cidadania.
O brasileiro viajava pelo mundo desde 31 de julho de 2008, e já tinha visitado 60 países. As viagens faziam parte de um estudo do economista, que se preparava para fazer doutorado em Economia da Pobreza na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Ele tinha mestrado pela PUC-Rio e trabalhou no Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas.


Fonte: O Globo

Postado por Pedrinho às 10:01

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