Niterói: morador lidera mutirão de buscas e acaba soterrado
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Após liderar um grupo de escavações e abrigar 30 pessoas em sua casa depois dos deslizamentos de terça-feira, em Niterói, Evandro da Silva Barsy, 45 anos, acabou soterrado por um novo desabamento da encosta do Morro do Bumba, na quarta-feira. Amigos e familiares, agora, lutam junto com os bombeiros para encontrar Evandro e o grupo que ficou abrigado com ele. Por 10 horas, eles cavaram a terra com as mãos, pás e enxadas.
Nem o risco de novos deslizamentos os fez desistir. "Por favor, Deus, segura esse barranco mais um pouco para eu conseguir resgatá-los", dizia Marcelo, irmão de Evandro. O esforço e as orações não foram suficientes: sem condições e equipamentos para o resgate, as buscas foram suspensas no início da noite. Na descida do morro, os bombeiros levaram apenas o silêncio e a desolação. Para trás, ficaram os gemidos das vítimas soterradas.
Evandro recebeu em casa quatro famílias desabrigadas pela enxurrada na madrugada de terça-feira. No dia seguinte à noite, minutos antes da tragédia, ligou pela última vez para o amigo e pastor Bruno Borges. "Já peguei a chave da igreja. Amanhã (quinta), vou levar todo mundo para lá". Não deu tempo. A mulher dele, Ana, e os filhos Evandro e Cristiane, de 13 e 9 anos, também estão soterrados.
Pelo menos duas casas caíram sobre o imóvel. As buscas foram interrompidas três vezes, já que o barranco, ameaçador, deslizava com as rápidas pancadas de chuva. Ao retirar uma bananeira, o primeiro grito. "Estão vivos!", afirmou um morador. Os bombeiros foram acionados e o tenente Tavares foi o primeiro a chegar ao local, 10 minutos depois. Ao ouvir o segundo grito, chamou reforços. Sem parar de cavar um minuto, chegaram a ver pequena parte dos azulejos da cozinha da casa.
No momento mais emocionante da busca, um bombeiro, deitado sobre a montanha de entulhos, deu três batidas no concreto. Lá embaixo, alguém respondeu com outra batida. Mas no cenário de difícil acesso formado pela tragédia, nem as pesadas retroescavadeiras conseguiram chegar. Sem luz, equipamentos e novos sinais de vida, os bombeiros deixaram os escombros ao cair da noite. No rosto de cada soldado, a dor de não conseguir cumprir sua missão. Para Marcelo, a esperança ainda não acabou: "Meu irmão era uma pessoa muito solidária. Eu vou cavar até o último grão para encontrá-los. Devo a ele a mesma dedicação que teve com essas pessoas. Eu tenho fé que vão sair daqui vivos".
Nem o risco de novos deslizamentos os fez desistir. "Por favor, Deus, segura esse barranco mais um pouco para eu conseguir resgatá-los", dizia Marcelo, irmão de Evandro. O esforço e as orações não foram suficientes: sem condições e equipamentos para o resgate, as buscas foram suspensas no início da noite. Na descida do morro, os bombeiros levaram apenas o silêncio e a desolação. Para trás, ficaram os gemidos das vítimas soterradas.
Evandro recebeu em casa quatro famílias desabrigadas pela enxurrada na madrugada de terça-feira. No dia seguinte à noite, minutos antes da tragédia, ligou pela última vez para o amigo e pastor Bruno Borges. "Já peguei a chave da igreja. Amanhã (quinta), vou levar todo mundo para lá". Não deu tempo. A mulher dele, Ana, e os filhos Evandro e Cristiane, de 13 e 9 anos, também estão soterrados.
Pelo menos duas casas caíram sobre o imóvel. As buscas foram interrompidas três vezes, já que o barranco, ameaçador, deslizava com as rápidas pancadas de chuva. Ao retirar uma bananeira, o primeiro grito. "Estão vivos!", afirmou um morador. Os bombeiros foram acionados e o tenente Tavares foi o primeiro a chegar ao local, 10 minutos depois. Ao ouvir o segundo grito, chamou reforços. Sem parar de cavar um minuto, chegaram a ver pequena parte dos azulejos da cozinha da casa.
No momento mais emocionante da busca, um bombeiro, deitado sobre a montanha de entulhos, deu três batidas no concreto. Lá embaixo, alguém respondeu com outra batida. Mas no cenário de difícil acesso formado pela tragédia, nem as pesadas retroescavadeiras conseguiram chegar. Sem luz, equipamentos e novos sinais de vida, os bombeiros deixaram os escombros ao cair da noite. No rosto de cada soldado, a dor de não conseguir cumprir sua missão. Para Marcelo, a esperança ainda não acabou: "Meu irmão era uma pessoa muito solidária. Eu vou cavar até o último grão para encontrá-los. Devo a ele a mesma dedicação que teve com essas pessoas. Eu tenho fé que vão sair daqui vivos".
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