Volks do Brasil tenta vender lote de Voyages para o Iraque

quarta-feira, 4 de novembro de 2009


Montadora não divulga detalhes sobre as negociações.G1 apurou que o lote em negociação é de 10 mil unidades.De olho no mercado promissor de um país em reconstrução, a Volkswagen do Brasil informou ao G1 que negocia a venda de um lote do modelo Voyage ao Iraque. A Volks não divulga detalhes sobre o acordo, como o número de unidades e o valor da operação. O G1 apurou que o lote em negociação é de 10 mil unidades, um contrato de mais de R$ 25 milhões ao considerar o valor de R$ 25 mil por carro embarcado. Segundo a montadora, os detalhes da transação apenas serão divulgados após a assinatura do contrato. No entanto, a Câmara de Comércio Brasil-Iraque confirmou que os veículos fazem parte de um programa de renovação da frota de táxi iraquiana, que será financiada pelo governo do país. Um exemplar do Voyage, inclusive, está exposto durante esta semana no evento de negócios Baghdad International Fair, que acontece em Bagdá até a próxima terça-feira (10). De acordo com a Prefeitura de São Bernardo do Campo (ABC paulista), o prefeito Luiz Marinho participou das conversas com a Volkswagen e o governo do Iraque e também confirma o andamento das negociações, pois o modelo é fabricado na unidade da Anchieta. Quem anda pelas ruas de Bagdá, a capital iraquiana, duas imagens são familiares aos brasileiros: camisas da “Seleção Canarinho” e, ainda em maior quantidade, carros Volkswagen Passat – aqueles fabricados aqui nos anos 70 e 80. O uniforme verde-amarelo traduz a simpatia dos iraquianos pelo futebol pentacampeão. Os automóveis, no entanto, são símbolos de uma estreita relação comercial entre os dois países, décadas atrás. Apesar dos contrastes culturais, brasileiros e iraquianos historicamente falam a mesma língua quando o assunto é investimento – um carisma que a Volkswagen do Brasil quer aproveitar para voltar a exportar para o país.

'Brasili', o Passat brasileiro, foi vendido entre 1983 e 1988 no Iraque (Foto: Divulgação)
O possível retorno ao mercado iraquiano tem o suporte do sucesso da exportação do Passat brasileiro entre 1983 e 1988, chamado de “Brasili” no Iraque. Ao todo, foram vendidas 170 mil unidades, muitas delas rodam até hoje no país. “O Iraque teve bastante negócio com o Brasil na época do regime militar brasileiro. Nessa época, várias empresas brasileiras atuaram lá, como a Volkswagen, que vendeu muito Passat, e empreiteiras. Depois do fim da ditadura militar no Brasil e da invasão norte-americana no Iraque a maioria dos negócios foi inviabilizada”, afirma o economista da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite. A nova fase do Iraque e da própria alemã Volkswagen — que pretende ultrapassar a japonesa Toyota na liderança mundial em 2018 e produzir, como parte do plano, 1 milhão de unidades no Brasil até 2014 (o que inclui unidades para exportação) — propicia a retomada do investimento neste mercado. A vantagem da fábrica brasileira é que, segundo a câmara de comércio, o governo iraquiano dá preferência às empresas do Brasil, mesmo que a matriz seja em outro

Postado por Pedrinho às 03:13

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