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"A clientela já estava sentada, as mesas estavam lotadas. Aí a gente continuou trabalhando", disse Victor Francisco, garçom de bar na rua dos Pinheiros, bairro da zona oeste de São Paulo. A única luz era a dos carros que passavam seguidos, afinal, as travessas vizinhas estavam fechadas para não atrapalhar os cruzamentos com a paralela e movimentada Faria Lima.Já o frequentador Carlos Ednei estava mais preocupado em aproveitar o tempo. "Estou dando um tempo porque o trânsito deve estar ruim", disse o bancário, por volta das 23h15 de terça.Na região da avenida Paulista, o tráfego estava muito intenso durante o blecaute. Apesar dos agentes da CET (Companhia de Engenharia de Trânsito) e de policiais, a lei nos cruzamentos era sinalizar com a luz e a buzina para decidir que carro passava.A pouca luz também gerou batidas no trânsito. Um carro invadiu o canteiro central da avenida Faria Lima e se chocou contra uma árvore. O motorista, que não quis se identificar, culpou um farol alto de um carro que vinha em sentido contrário, o que teria provocado sua falta de orientação.Com as entradas do metrô fechadas, os pontos de ônibus estavam muito cheios. "Quando estava chegando aqui apagou tudo. O metrô estava sem funcionar. Estou esperando faz meia-hora para pegar o ônibus e nada", reclamava a estudante Andrezza Maia, que mora na região da Saúde.

Fonte: UOL